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O ministério feminino tem base bíblica?

O ministério feminino tem base bíblica?"As mulheres que são virtuosas podem sim e devem ser atuantes no ministério…"

Essa questão é uma das muitas dúvidas que pairam sobre grande parte não só dos membros, mas também da liderança da igreja evangélica contemporânea.

Todavia para que possamos compreender o assunto de modo pleno e cristalino precisamos estuda-lo à luz da Bíblia com um pouco mais de atenção!

Já no Antigo Testamento, não obstante a mulher viver em uma cultura extremamente machista e que a mantinha em uma posição subjulgada, todavia, ainda assim, ela teve notoriedade em diversos momentos da história dos Hebreus.

Em primeiro lugar é necessário entender que o ministério feminino está intrinsicamente ligado ao nazireado, que no contexto bíblico é um sacerdócio emergencial. É só lembrar que Samuel era sacerdote, porém não era da tribo de Levi, e sim de Efraim (1 Sm 1.1). Ou seja, ele era um sacerdote em caráter emergencial haja vista, a casa de Eli estar corrompida (1 Sm 2.27-31). Isso também acontece no Novo Testamento com João Batista, que mesmo sendo de uma família sacerdotal da tribo de Levi, ele atua no seu ministério pela porta do nazireado, visto que Anás e Caifás haviam corrompido o sacerdócio (Lc 1.5-7; cf. 7.33). É tão emergencial que os dois personagens aqui mencionados são filhos de mulheres estéreis (1 Sm 1.2; Lc 1.7). O nazireado poderia ser estabelecido por Deus antes do nascimento ou então por voto feito pela própria pessoa. Além do que tinha validade para ambos os sexos (Nm 6.1-8; cf. Jz 13.1-5). Temos também ainda no Antigo Testamento o caso de Débora que foi profetiza e juíza sobre Israel (Jz 4.4).

O ministério feminino no Novo Testamento

Ainda sobre a questão sacerdotal, no Novo Testamento o sacerdócio que está em evidência não é mais o de Levi. Pois com o advento de Jesus o sacerdócio passou a ser segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 7.7-12). Logo entendemos que, se no período da lei a mulher com todas as barreiras sociais e éticas teve o seu papel relevante, no contexto da história do povo Hebreu, imaginem no período da graça…

Ao observarmos o ministério de Jesus encontramos as mulheres sendo extremamente atuantes e importantes em diversos momentos, desde o seu inicio até o fim. Começando pelo seu nascimento (Lc 1.26-28; 8.2-3; Mt 28.1-7; Mc 14.1-9; 15.40).

Ao atentarmos com um pouco mais de esmero e atenção à narrativa do texto de Mateus 28.7 podemos fazer um paralelo e compreender um contraste com o texto do Gênesis 3.6. Ou seja, como foi à mulher quem trouxe a noticia para o homem que lhe causaria a morte, então Jesus disse para uma mulher: Vai e dá a notícia boa. Agora sobre a ressurreição. Jesus também se encontrou com uma mulher samaritana, e através desse encontro a mesma teve a sua vida transformada, além de se tornar uma evangelista. Não obstante ela ser samaritana e de vida duvidosa, mas Jesus disse: é necessário passar por Samaria. Com isso ele quebrou um dos maiores paradigmas daquela época (Jo 4.1-30).

Outro ponto importante é que a unção de Jesus foi confirmada por uma mulher (Is 61.1; cf. Mc 14.3). Ora, todos nós sabemos que quem dá a unção é Deus, mas é necessário que os homens confirmem (Ef 4.11-12). Se na eternidade Samuel tiver a oportunidade de dizer: “Eu ungi a Saul e a Davi…” Maria vai poder dizer: “Eu tive o privilégio de ungir ao Senhor Jesus”. Logo estamos vendo a importância das mulheres no ministério! É por isso que Ele fez um voto de Nazireu, mesmo não sendo um, e que não o quebrou, nem no momento de sua maior dor (Mt 26.29; Mc 15.23). Lembrando que o vinagre era usado como um atenuante da dor…

E quando estudamos um pouco o ministério dos apóstolos encontramos muitas mulheres atuando de forma muito efetiva em todos os âmbitos. Inclusive muitos eruditos estão de pleno acordo que Júnia, que era prima do apóstolo Paulo, foi uma apóstola mulher (cf. Rm 16.7). É claro que não é possível esgotar o assunto apenas em um artigo, mas vejamos mais algumas mulheres que foram extremamente atuantes e notórias, inclusive no ministério do ensino como Priscila que, segundo a tradição, foi responsável pelo discipulado na igreja de Éfeso juntamente com Áquila e Apolo (cf. At 9.36; 12.9; 16.13-15; Rm 16.3-16).

Considerações finais

Quero no epílogo deste simples artigo dizer que não sou o dono da verdade, mas tenho como único objetivo contribuir para o crescimento do Reino de Deus. Logo, afirmo, e com embasamento bíblico muito sólido! Que é necessário termos um bom senso e deixar o machismo de lado, sabendo que as mulheres que são virtuosas podem sim e devem ser atuantes no ministério, o que não significa necessariamente que seja preciso ungi-las a qualquer que seja o cargo, mas elas tem todo o direito e sobretudo a capacidade para exercer qualquer papel na igreja contemporânea com todo o esmero, dedicação e qualidade igual e em alguns casos até melhor do que alguns homens…

A graça seja com todos os que amam a nosso Senhor Jesus Crsito em sinceridade! (Ef 6.24).

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