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Dízimos, ofertas e primícias

Dízimos e ofertas foram criados pelo próprio Deus como uma forma de nos proteger, não só na nossa vida financeira, mas em todas as outras áreas. Dízimo corresponde a 10% do nosso salário que é dado na obra de Deus, nas mãos de quem Ele instituiu como sacerdote (como o pastor da igreja, por exemplo). Por isso, Jesus disse: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. A oferta é um valor voluntário que o Senhor coloca em nosso coração para abençoar a Sua obra. Assim como o dízimo, a oferta não é para ser dada na rua a algum mendigo ou em alguma instituição secular. O que damos ali é caridade, não a oferta que pertence ao Senhor como um ato de gratidão. Resumidamente: através do dízimo nós protegemos nosso patrimônio; através da oferta, nós o multiplicamos, pois a oferta nada mais é do que uma semente que plantamos no reino de Deus para o nosso próprio benefício. Tudo isso deve ser feito com amor; por isso, a Palavra de Deus diz: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (2 Co 9: 7). No final há um comentário sobre primícias.

Estes textos são retirados do livro de ensino deste ministério: “Prosperidade, dom de Deus, fruto do amor, prática da alegria” (  – download the book). Como o assunto é um tanto extenso, sugiro que você baixe o livro para ter acesso a outras informações sobre dinheiro e prosperidade.

 Se você quiser saber sobre os Levitas do Antigo Testamento leia o tema para estudo correspondente. Desde o princípio, Deus separou os filhos da tribo de Levi para a Sua obra e não lhes deu possessão entre os seus irmãos. Ele ordenou aos filhos de Israel que suprissem os Levitas em todas as suas necessidades para que eles não tivessem preocupação com as coisas materiais e pudessem se dedicar fielmente ao seu sacerdócio, ou seja, se preocupar com a vida espiritual do povo de Deus. A palavra de Deus não muda. Ainda hoje Ele separa filhos em tempo integral para fazer a Sua obra de maneira altruísta, santa e completa. Por isso, precisam ser sustentados nas suas necessidades materiais, pois alguém tem que negar seu próprio ego e suas vontades carnais para se preocupar com as coisas de Deus e com as almas dos Seus filhos na terra. Deus não pode realizar essa meta de maneira adequada com 'pastores de meio período'. Portanto, para nós hoje, o Levita é todo aquele que exerce o cargo de liderança como sacerdote, por exemplo, o pastor da igreja, e os que o auxiliam na instrução do povo, e que foram separados para esse ofício. Foram separados por Deus apenas para o ministério. A bíblia diz que o Levita, ou seja, o pastor, recebe o dízimo do povo e dá a Deus o seu dízimo, ou seja, o dízimo dos dízimos que ele recebe:
• Nm 18: 6; 8; 14; 20-21: “Eu, eis que tomei vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de Israel; são dados a vós outros para o Senhor, para servir na tenda da congregação... Disse mais o Senhor a Arão: Eis que eu te dei o que foi separado das minhas ofertas, com todas as coisas consagradas dos filhos de Israel; dei-as por direito perpétuo como porção a ti e a teus filhos... Toda coisa consagrada irremissivelmente [que não poderia ser resgatada] em Israel será tua... Disse também o Senhor a Arão: Na sua terra, herança nenhuma terás e, no meio deles, nenhuma porção terás. Eu sou a tua porção e a tua herança no meio dos filhos de Israel. Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação”.
• Nm 18: 24; 26: “Porque os dízimos dos filhos de Israel, que apresentam ao Senhor em oferta, dei-os por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel, nenhuma herança tereis... Também falarás aos levitas e lhes dirás: Quando receberdes os dízimos da parte dos filhos de Israel, que vos dei por herança, deles apresentareis uma oferta ao Senhor: o dízimo dos dízimos”.
• Nm 18: 28: “Assim, também apresentareis ao Senhor uma oferta de todos os vossos dízimos que receberdes dos filhos de Israel e deles dareis a oferta do Senhor a Arão, devem trazer ofertas do cereal, do vinho e do azeite; porquanto se acham ali os vasos do santuário, como também os sacerdotes que ministram, e os porteiros, e os cantores; e, assim, não desampararíamos a casa do nosso Deus”.
• Nm 18: 29: “De todas as vossas dádivas apresentareis toda oferta do Senhor: do melhor delas, a parte que lhe é sagrada”.
• Dt 12: 19: “Guarda-te, não desampares o levita todos os teus dias na terra”.
• Dt 14: 27: “porém não desampararás o levita que está dentro da tua cidade, pois não tem parte nem herança contigo”.
• Ez 44: 28-30: “Os sacerdotes terão uma herança; eu sou a sua herança. Não lhes dareis possessão em Israel; eu sou a sua possessão. A oferta de manjares, e a oferta pelo pecado, e a oferta pela culpa eles comerão; e toda coisa consagrada em Israel será deles. O melhor de todos os primeiros frutos de toda espécie e de toda oferta serão dos sacerdotes; também as primeiras das vossas massas dareis ao sacerdote, para que faça repousar a bênção sobre a vossa casa“.

Outras referências sobre Levitas: Lv 10: 8-11; Lv 21: 1-24; Nm 1: 47-54; Nm 3: 6-12; Nm 3: 41; Nm 4: 1-3; Nm 8: 24-26; Nm 18: 23-24; Nm 35: 2-3; 6-7; Dt 10: 8-9; Dt 12: 11-12; 19; Dt 14: 27; Dt 18: 1-8; Dt 33: 8-11; Js 13: 33; Js 14: 4; Js 18: 7; Js 21: 1-45; 1 Cr 6: 54-81.

 Aqui estão escritos os textos mais importantes sobre dízimos, ofertas e primícias. Há outro livro interessante sobre ofertas e prosperidade, chamado: “Quem diria!” (leia alguns versículos dele no final da página, logo após "primícias") – download the book:

 Eu também quero colocar uma observação sobre dízimos no Novo Testamento. O argumento usado por muitos é que no NT o Senhor não menciona mais nada sobre dízimos, apenas sobre oferta. Isso lhes dá o direito de dizer que nós não precisamos mais dar o nosso dízimo ao Senhor, só ofertas, quando nós bem entendermos. Na verdade, isso é um sofisma inventado por pessoas avarentas, rebeldes e desconhecedoras da palavra de Deus, pois o mesmo Deus que disse: “Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, filhos de Jacó, não sois consumidos” (Malaquias 3: 6), é o mesmo Deus que falou exaustivamente sobre dízimos no AT e sobre ofertas no NT. Partimos da premissa que Deus não mais precisaria falar sobre dízimo no NT, pois sabia que isso já fora entendido por parte da humanidade. O assunto já fora esgotado: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Agora, no NT, era a vez de dar um passo a mais; não mais uma “obrigação” para com Deus para o próprio bem do homem, mas uma responsabilidade do próprio ser humano em ofertar com alegria, a fim de ver multiplicado o seu suprimento e experimentar mais uma vez o poder do Senhor. Outra dúvida sobre os dízimos: o valor do dízimo a ser dado é tirado do valor bruto do salário, não do valor líquido.

 Dízimos:

• Ml 3: 6-12 é o texto básico sobre os dízimos: “Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardardes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas [hebr. comportas] do céu e não derramar sobre vós bênçãos sem medida. Por vossa causa repreenderei o devorador para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos”.
Ensinamentos que podemos tirar deste texto:
a) Não dar o dízimo é roubo, pois é lei estabelecida por Deus nos primórdios da criação. Não dar o dízimo acarreta maldição.
b) Trazer primeiro os dízimos à Casa do Senhor provê mantimento ao sacerdote, lei estabelecida por Deus para o sustento dos levitas.
c) Dizimar abre as comportas do céu sobre nós para recebermos as bênçãos sem medida.
d) Dizimar repreende o Devorador em todas as áreas da nossa vida, não só na financeira. O Devorador ou Destruidor (anjo do abismo ou anjo da morte) é o demônio que foi liberado para matar todos os primogênitos do Egito, portanto, o ato de dizimar fecha as brechas e protege nosso patrimônio:
• Êx 12: 12-13: “Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor. O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito”.
• Sl 78: 49: “Lançou contra eles o furor da sua ira: cólera, indignação e calamidade, legião de anjos portadores de males (se referia ao Destruidor e seus demônios)”.
• Êx 12: 23: “Porque o Senhor passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, passará o Senhor aquela porta e em ambas as ombreiras, passará o Senhor aquela porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir”.
• Apoliom ou Abadom (Ap 9: 11). Abadom é o anjo satânico do abismo, cujo nome em grego significa: Destruidor. Em hebraico ’abhaddôn significa: lugar de destruição e é regularmente traduzido como tal em certas versões no Antigo Testamento, para denominar a região dos mortos. Esta região era considerada pelos antigos judeus como “inferno”, seol em hebraico, hades e geenna em grego, este último nome proveniente de ge (vale de) hinnõm (Vale de Hinom), onde eram feitos sacrifícios idólatras ao sul de Jerusalém.
e) Deus recompensa os que são fiéis a Ele, mostrando a diferença que existe entre os que O servem e os que não O servem. Deus os poupa das maldições e confirma Sua paternidade sobre eles (Ml 3: 17-18: “Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve. Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve”).
f) O Senhor diz para prová-lO dando-lhe o dízimo. A palavra provar, para alguns, pode soar como um desafio da parte de Deus, a fim de que o homem acredite Nele, principalmente, numa área que é tão palpável como a área financeira. Entretanto, podemos pensar que provar pode ter o significado de examinar, experimentar, como se saboreia uma comida que nunca se comeu para ver se é boa ou não, se gostamos dela ou não; também pode ter o significado de ganhar experiência, conhecimento e habilidade em determinada área. Com isso, o Senhor nos diz que ao Lhe dar o nosso dízimo, podemos atingir um patamar maior de conhecimento Dele, levando-nos a ganhar experiência nessa área da nossa vida, da mesma forma que O experimentamos nas outras. Dando-Lhe o nosso dízimo, começamos a ter consciência do que Ele é capaz de fazer por quem Lhe é fiel.

 Além desse texto há outros:

• Gn 14: 18-20: Abrão (ainda não era Abraão) foi o primeiro a dar seu dízimo ao sacerdote Melquisedeque, que é a figura de Jesus, por causa da vitória que Deus lhe concedera ao resgatar seu sobrinho Ló: “Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo”. Abrão deu o dízimo como gratidão a Deus pela bênção que recebera. Dessa forma, Deus se agradou de Abrão e instituiu o dízimo como uma forma de sermos abençoados por Ele. Em Hb 7: 4-10, a bíblia fala novamente sobre Melquisedeque e Abrão: “Considerai, pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos. Ora, os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm mandamento de recolher, de acordo com a lei, os dízimos do povo, ou seja, dos seus irmãos, embora tenham estes descendido de Abraão; entretanto, aquele cuja genealogia não se inclui entre eles recebeu dízimos de Abraão e abençoou o que tinha as promessas. Evidentemente, é fora de qualquer dúvida que o inferior é abençoado pelo superior. Aliás, aqui são homens mortais os que recebem dízimos, porém ali, aquele de quem se testifica que vive. E, por assim dizer, também Levi, que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste”. Este texto nos dá a entender que o seu sacerdócio (o de Melquisedeque) era infinitamente superior ao sacerdócio levítico, pois Melquisedeque é a figura de Jesus.

• Gn 28: 20-22: “Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o Senhor será o meu Deus; e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus [= Betel, em hebraico]; e, de tudo quanto me concederes, certamente eu lhe darei o dízimo”. Aqui quem dá o dízimo ao Senhor é Jacó, mas como um voto, se fosse abençoado em sua jornada. Embora o dízimo não deva ser voto, Jacó reconhecia que seu avô tinha sido abençoado através desse ato e resolveu ficar debaixo da proteção de Deus. Portanto, dizimar garante a bênção, a vitória e a proteção divina (Gn 28: 18-22; Gn 31: 13; Gn 32: 1-2; Gn 35: 5-7; 11-15).

• Lv 27: 30-33 menciona que o dízimo da colheita poderia ser resgatado: “Também todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores, são do Senhor; santas são ao Senhor. Se alguém, das suas dízimas, quiser resgatar alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre ela. No tocante às dízimas do gado e do rebanho, de tudo o que passar debaixo do bordão do pastor, o dízimo será santo ao Senhor. Não se investigará se é bom ou mau, nem o trocará; mas, se dalgum modo o trocar, um e outro serão santos; não serão resgatados”. Considerando o dízimo um tipo de voto (pois a pessoa se compromete com ele), o livro de Levítico trata do dízimo junto com outros votos. Era geralmente dado em forma de colheitas ou de rebanhos. Os animais eram sacrificados e não podiam ser redimidos. Mas o doador podia comprar de volta os dízimos da colheita pelo seu valor em dinheiro acrescido de 20%, e o mesmo procedimento era possível com outros votos e juramentos. Talvez se tenha criado isso para atender a alguma escassez inesperada.

 Os judeus traziam todos os seus dízimos a Jerusalém, na forma de uma refeição ritual em que o levita também tomava parte:

• Dt 12: 7: “Lá, comereis perante o Senhor, vosso Deus, e vos alegrareis em tudo o que fizerdes, vós e as vossas casas, no que vos tiver abençoado o Senhor, vosso Deus”.
• Dt 12: 12: “e vos alegrareis perante o Senhor, vosso Deus, vós, e vossos filhos, as vossas filhas, os vossos servos, as vossas servas e o levita que mora dentro das vossas cidades e que não tem porção nem herança convosco”.
• Dt 12: 17-18: “Nas tuas cidades, não poderás comer o dízimo do teu cereal, nem do teu vinho, nem do teu azeite, nem os primogênitos das tuas vacas, nem das tuas ovelhas, nem nenhuma das tuas ofertas votivas, que houveres prometido, nem as tuas ofertas voluntárias, nem as ofertas das tuas mãos; mas o comerás perante o Senhor, teu Deus, no lugar que o Senhor, teu Deus, escolher, tu, e teu filho, e tua filha, e teu servo, e tua serva, e o levita que mora na tua cidade; e perante o Senhor, teu Deus, te alegrarás em tudo o que fizerdes”.
• Dt 14: 22-29, com enfoque aos vs. 26-27: “Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa; porém, não desampararás o levita que está dentro da tua cidade, pois não tem parte nem herança contigo”. O dízimo é 10% do nosso rendimento e deve ser dado na mão do sacerdote. Ao colocarmos em suas mãos o que estamos levando, devemos ter no nosso coração que o que estamos dando é por tudo o que deseja nossa alma, ou seja, junto com o dízimo, sobe ao altar do Senhor o nosso pedido e Ele o concederá.

 A bíblia faz uma referência também ao segundo dízimo, ou seja, o dízimo tirado no terceiro ano (Dt 14: 28-29; Dt 26: 12) do ciclo de sete anos, o Ano Sabático. As referências estão em Deuteronômio 12: 5-7; 11-14; 17-20; Deuteronômio 14: 22-27 e Deuteronômio 26: 1-11, que tratam do 1º dízimo; e o 2° dízimo está descrito em Deuteronômio 14: 28-29 e Deuteronômio 26: 12-15.
O dízimo (Em hebraico: ma`aser ou maasar) era de grãos, vinho e azeite, mas se a distância até Jerusalém fosse muito grande ao ponto de estragar o produto, o valor monetário do dízimo deveria ser trazido para este local, e usado para comprar qualquer coisa que o proprietário desejasse para comer durante as festas que se realizavam três vezes por ano na ‘cidade de Davi’. Entretanto, o levita, o estrangeiro, o órfão e a viúva não deveriam ser esquecidos nas suas cidades (Dt 14: 27-29; Dt 26: 12). O primeiro dízimo era dado anualmente aos levitas para seu sustento (Dt 14: 22-23; Dt 26: 1-11; Dt 18: 1-5), e nada tinham a ver com esse segundo.

Como foi escrito em Nm 18: 6; 8; 14; 21; 24; 26; 28; 30 o dízimo era um direito do Levita. Ele também dava seu dízimo ao Senhor.

 Resumindo: o sacerdote é separado por Deus para liderar o povo e, de acordo com a Palavra, ele deve ser suprido, principalmente se não tiver trabalho secular, para que a bênção do Senhor possa fluir plena sobre as ovelhas. Até no NT essa direção é válida:

• 1 Co 9: 13-14: “Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? Assim ordenou o também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho”.
• 1 Tm 5: 17-18: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino... O trabalhador é digno do seu salário”.
• Rm 4: 4: “Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida”.

Isso esclarece muitas dúvidas de pessoas que estão passando por dificuldades financeiras e não estão congregando, portanto, não têm uma Casa de Deus onde dar o seu dízimo e que, por não terem este lugar, acabam colocando aquilo que pertence ao Senhor em outra terra que não o reino de Deus, por exemplo, dando o dízimo na rua para algum mendigo ou entregando-o em alguma instituição secular. Não há nada errado em fazer caridade, mas o que damos ali é uma oferta, não o dízimo que, por lei divina, pertence ao Senhor para nos abençoar. Jesus sempre nos falou para semearmos em boa terra, portanto, ao semearmos no reino de Deus com os nossos dízimos e as nossas ofertas, estaremos semeando numa terra que é santa e vai gerar fruto. Ao darmos nosso dinheiro ao mundo, que não é solo santo, haverá roubo, pois é terra estéril, além de ser dado ao principado que o governa: Mamon. Quando as pessoas ainda não são convertidas e realizam de todo o coração aquele tipo de prática para abençoar outras vidas, com certeza, Deus leva em conta esse “atenuante” e as abençoa, pois a própria Palavra diz que o Senhor não leva em conta os pecados cometidos na ignorância. Entretanto, quando um filho de Deus entra em contradição contra essas orientações divinas, certamente vai experimentar roubo na sua vida, pois aí existe uma brecha. Seu dinheiro não está sendo santificado, consagrado.

 Em Dt 26: 12-15, com enfoque no versículo 13, a bíblia fala em consagração, ou seja, o dízimo santifica o nosso dinheiro. Os 10% que damos santificam os outros 90% e os fazem render e multiplicar: “Dirás perante o Senhor, teu Deus: Tirei de minha casa o que é consagrado e dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão, e à viúva, segundo todos os teus mandamentos que me tens ordenado; nada transgredi dos teus mandamentos, nem deles me esqueci”.
• Dt 14: 28-29 (o dízimo como uma forma de sustento para o órfão, o estrangeiro e a viúva): “Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade. Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão, para que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem”.
• Ag 1: 9-11 (este texto nos esclarece o que acontece quando deixamos de suprir a Casa de Deus): “Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? – diz o Senhor dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa. Por isso, os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra, os seus frutos. Fiz vir a seca sobre a terra e sobre os montes; sobre o cereal, sobre o vinho, sobre o azeite e sobre o que a terra produz, como também sobre os homens, sobre os animais e sobre todo trabalho das mãos”. O que Deus estava falando aqui para o profeta é que o templo precisava ser reconstruído, mas o povo guardava o dinheiro para si (morava em casas apaineladas, isto é, ornadas, emolduradas por artesãos, enquanto a Sua Casa permanecia em ruínas, v. 4). Por isso eles trabalhavam tanto, entretanto, recolhiam pouco e o que recolhiam não dava para fartá-los, nem saciar sua sede, nem vesti-los, nem aquecê-los; o que recebia salário, recebia-o para pô-lo num “saquitel furado” (v. 6). Assim, suas orações não eram respondidas (os céus retinham o orvalho) e Deus não derramava Sua unção (azeite).
Em 2 Cr 31: 5-6; 12; Ne 10: 37-38; Ne 12: 44; Ne 13: 5; 12, nós podemos ver o povo trazendo o dízimo ao Senhor, obedecendo assim à Sua lei.

 Ofertas:

 Antigo Testamento:
• Êx 34: 20b (Êx 23: 15; Êx 22: 29; Dt 16: 16): “Ninguém aparecerá diante do Senhor de mãos vazias”. Quando entramos na Casa de Deus, devemos estar cientes de que estamos ali não só para receber Dele, mas para dar algo a Ele. Podemos ofertar a Ele muitas coisas: nosso amor, nossa gratidão, nosso louvor, nossa disposição de servi-lO e nosso desejo de ver outras vidas sendo salvas e resgatadas através das ofertas financeiras que colocamos no seu altar de maneira inocente e desinteressada. É esse tipo de oferta que o Senhor mais deseja ver em nossas mãos.

• Lv 3: 14-16; Lv 4: 8-9; Lv 7: 3-5; Lv 9: 10: O Senhor ordenava que fossem separados a gordura, os rins e o redenho do fígado para serem queimados sobre o altar. Não eram queimados junto com o resto do animal, o que nos faz pensar que havia um interesse e um propósito maior nisso. A gordura simboliza a parte mais saborosa da carne, o que é mais gostoso, que sobe como um cheiro suave a Deus. Para os judeus, os rins eram o centro das emoções e da consciência e isso significa que nossa oferta deve ser o que existe de mais gostoso para o Senhor e toda a nossa alma deve estar envolvida nesse processo, ou seja, nossas emoções devem ser também colocadas no Seu altar, principalmente a alegria de estar ofertando. Assim, nossa oferta sobe como incenso suave a Ele. Além disso, entregar as emoções e a consciência ao Senhor nos libera da culpa, pois nossas emoções e consciência devem ser santificadas, consagradas ao Senhor (Lv 7: 5: oferta pela culpa). Em outras palavras: assim como a gordura do animal na oferta pela culpa eram queimadas sobre o altar para haver expiação, o paralelo espiritual também é verdadeiro. Quando entregamos a nossa “gordura” e “nossos rins” (nossas emoções, consciência, nosso “gostoso”, o que temos de melhor a Jesus), Ele derrama Seu sangue sobre os nossos pecados, nos libertando das nossas culpas, pois sabe que o que estamos fazendo é de coração.

• Lv 22: 17-33: A oferta deve ser sem defeito. Não eram aceitos animais defeituosos, portanto, a nossa oferta diante do Senhor deve ser com o que temos de melhor, com as primícias, não com o que sobra, com os restos. O v. 19 diz: “Para que seja aceitável, oferecerá macho sem defeito”. Assim como o dízimo deve ser dado antes de usarmos nosso dinheiro para qualquer coisa, a oferta deve ser dada com liberalidade e com inteireza de coração.

• Dt 8: 17-18: “Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê”. É o Senhor que nos dá força para adquirirmos riqueza, por isso trazer de volta à Sua Casa os dízimos e as ofertas é uma forma de nos humilharmos diante Dele e Lhe darmos o nosso melhor, sabendo que sem Ele nada podemos fazer. Sem Sua permissão, o dinheiro não chega às nossas mãos por mais inteligência, ciência e conhecimento que possamos ter na nossa profissão. Tampouco, teríamos forças para trabalhar. Sua promessa dada há séculos atrás continua fiel até hoje. Portanto, a oportunidade de dizimar e ofertar na obra de Deus é um mecanismo criado por Ele mesmo para evitar que a soberba do mundo atinja nosso coração e voltemos a ser escravos do diabo e das paixões da nossa carne.

• Dt 15: 7-8; 10: “Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos, em alguma das tuas cidades, na tua terra que o Senhor, teu Deus, te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás as mãos ao teu irmão pobre; antes, lhe abrirás de todo a mão e lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade... Livremente, lhe darás, e não seja maligno o teu coração, quando lho deres; pois, por isso, te abençoará o Senhor, teu Deus, em toda a tua obra e em tudo o que empreenderes”. O Senhor espera que entendamos que as ofertas entregues na Sua Casa são para ajudar a edificar a vida de outros irmãos que, mais do que necessidades materiais, têm tremendas necessidades e carências emocionais e espirituais pela falta de entendimento correto da Palavra. Toda a oferta financeira na Obra tem o motivo primordial de gerar salvação de almas, reparar brechas e edificar muros. Quem oferta está edificando templos divinos na terra.

• Dt 16: 16 b-17: ... “porém não aparecerá de mãos vazias perante o Senhor; cada um oferecerá na proporção em que possa dar, segundo a bênção que o Senhor, seu Deus, lhe houver concedido”. Isso quer dizer não só uma porcentagem igual designada por Deus para todos os Seus filhos em relação ao dízimo (10% da sua renda), como também se refere ao grau de amor que cada um tem dentro do seu coração por Ele e pela Obra, a fim de que a oferta seja dada com alegria; não por tristeza ou por necessidade, mas com alegria, porque Deus ama a quem dá com alegria. Esse versículo diz respeito, igualmente, à medida de fé de cada um, pois só pela fé podemos dar aos outros na certeza de que o próprio Deus vai suprir cada uma das nossas necessidades.

• Dt 27: 5-7: “Ali, edificarás um altar ao Senhor, teu Deus, altar de pedras, sobre as quais não manejarás instrumento de ferro. De pedras toscas edificarás o altar do Senhor, teu Deus; e sobre ele oferecerás holocaustos. Também sacrificarás ofertas pacíficas; ali comerás e te alegrarás perante o Senhor, teu Deus”. A oferta deve ser dada com alegria e paz. Quando o Senhor fala de construir um altar onde não passou instrumento de ferro, Ele queria dizer que não deveriam depender de nenhuma nação pagã para ajudá-los na adoração a Deus, já que na época Israel não conhecia o ferro e os altares pagãos eram forjados com este metal; isso era do conhecimento dos outros povos. Como foi dito, nossa oferta deve ser dada com alegria e com simplicidade, sem dependermos dos valores do mundo para participar da nossa adoração.

• 2 Sm 6: 12-15: “Então, avisaram a Davi, dizendo: O Senhor abençoou a casa de Obede-Edom e tudo quanto tem, por amor da arca de Deus; foi, pois, Davi e, com alegria, fez subir a arca de Deus da casa de Obede-Edom, à Cidade de Davi. Sucedeu que, quando os que levavam a arca do Senhor tinham dado seis passos, sacrificava ele bois e carneiros cevados. Davi dançava com todas suas forças diante do Senhor; e estava cingido de uma estola sacerdotal de linho. Assim, Davi, com todo o Israel, fez subir a arca do Senhor, com júbilo e ao som de trombetas”. Davi traz a arca para Jerusalém debaixo dos louvores. A oferta com alegria traz a presença de Deus (arca) para nossa vida.

• 1 Rs 4: 22-27 (1 Rs 10: 26; 2 Cr 1: 14; 2 Cr 9: 25): “Era, pois, o provimento diário de Salomão trinta coros de flor de farinha (5.286 litros, pois a medida de coros para secos era 176, 2 litros) e sessenta coros de farinha (10.572 litros; coros “secos”); dez bois cevados, vinte bois de pasto e cem carneiros, afora os veados, as gazelas, os corvos e aves cevadas. Porque dominava sobre toda a região e sobre todos os reis aquém do Eufrates, desde Tifsa até Gaza, e tinha paz por todo o derredor... Tinha também Salomão quarenta mil cavalos em estrebarias [na verdade era quatro mil – cf. 2 Cr 9: 25; houve erro de tradução], para os seus carros [1.400], e doze mil cavaleiros. Forneciam, pois, os intendentes provisões, cada um no seu mês, ao rei Salomão e a todos quantos lhe chegavam à mesa; coisa alguma deixavam faltar”. Este texto nos mostra o reflexo de uma semeadura que foi feita anteriormente por Davi. Ele semeou abundantemente e seu filho colheu, igualmente, com abundância, pois Deus o abençoava. Quando damos nossa oferta com amor e alegria (como fez Davi), Deus nos retribui igualmente com abundância (Salomão).

• 1 Cr 21: 23-24: “Então, disse Ornã a Davi: Tome-a o rei, meu senhor, para si e faça dela o que bem lhe parecer; eis que dou os bois para o holocausto, e os trilhos, para a lenha, e o trigo, para a oferta de manjares; dou tudo. Tornou o rei Davi a Ornã: Não; antes, pelo seu inteiro valor a quero comprar; porque não tomarei o que é teu para o Senhor, nem oferecerei holocausto que não me custe nada”. Ornã ofereceu tudo, mas Davi recusou e disse que não ofereceria ao Senhor holocausto que não lhe custasse nada. Isso quer dizer que, muitas vezes, ofertar é um ato que nos custa, pois deixamos de comprar com aquele dinheiro algo que para nós é necessário, e damos na Casa de Deus. Além disso, reafirma a nossa disposição de não aceitar ajuda do inimigo para a nossa adoração, ou seja, nenhuma tentação fará com que ele se ache no direito de participar também do altar que erguemos ao Senhor.

• 1 Cr 29: 1-9: “Disse mais o rei Davi a toda a congregação: Salomão, meu filho, o único a quem Deus escolheu, é ainda moço e inexperiente, e esta obra é grande; porque o palácio não é para homens, mas para o Senhor Deus. Eu, pois, com todas as minhas forças já preparei para a casa de meu Deus ouro para as obras de ouro, prata para as de prata, bronze para as de bronze, ferro para as de ferro e madeira para as de madeira; pedras de ônix, pedras de engaste, pedras de várias cores, de mosaicos e toda sorte de pedras preciosas, e mármore, e tudo em abundância. E ainda, porque amo a casa de meu Deus, o ouro e a prata particulares que tenho dou para a casa de meu Deus, afora tudo quanto preparei para o santuário: três mil talentos de ouro, do ouro de Ofir [Outros estudiosos, baseados nas outras versões, preferem ler ‘uphaz (Ufaz), em lugar de ’üphïr (Ofir), por causa da semelhança dos caracteres hebraicos para z e r. Ufaz ou Ofir era uma localidade não identificada e de onde vinha ouro fino. Entretanto, pode ter sido um termo técnico com o sentido de “ouro refinado” [1 Rs 10: 18: müphãz, Is 13: 12: mippãz, semelhante à definição de “ouro puro” (zãhãbh tãhôr de 2 Cr 9: 17)], e sete mil talentos de prata purificada, para cobrir as paredes das casas; ouro para os objetos de ouro e prata para os de prata, e para toda obra de mão dos artífices. Quem, pois, está disposto, hoje, a trazer ofertas liberalmente ao Senhor? Então, os chefes das famílias, os príncipes das tribos de Israel, os capitães de mil e os de cem até os intendentes sobre as empresas do rei voluntariamente contribuíram e deram para o serviço da Casa de Deus cinco mil talentos de ouro, dez mil daricos, dez mil talentos de prata, dezoito mil talentos de bronze e cem mil talentos de ferro. Os que possuíam pedras preciosas as trouxeram para o tesouro da Casa do Senhor, a cargo de Jeiel, o gersonita. O povo se alegrou com tudo o que fez voluntariamente; porque de coração íntegro deram eles liberalmente ao Senhor; também o rei Davi se alegrou com grande júbilo”.

Davi deu exemplo de como deveríamos dar as ofertas. Por conhecer o coração de Deus, ele sabia como agradar o Senhor. Quatro itens são importantes: a) dar as ofertas com todas as nossas forças, ou seja, com o que temos materialmente (v.2); b) porque amamos a Casa de Deus (v.3); c) trazer as ofertas com liberalidade, sem avareza (v.5); d) dar voluntariamente, não por pressão ou obrigação (v.6).

• Ec 3: 13: “e também que é dom de Deus que possa o homem comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho”.

• Ec 5: 19: “Quanto ao homem a quem Deus conferiu riquezas e bens e lhe deu poder para deles comer, e receber a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus”. É dom de Deus desfrutar do fruto do trabalho. Então, por que não agradecer ao Senhor dando a Ele o que Lhe pertence?

• Ec 5: 10-12: “Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda; também isto é vaidade. Onde os bens se multiplicam, também se multiplicam os que dele comem; que mais proveito, pois, têm os seus donos do que os verem com os seus olhos? Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco, quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir”. Amar o dinheiro não traz fartura, mas doce é o sono do trabalhador, pois o rico está vivendo debaixo de avareza, não da bênção do Senhor. Quando trabalhamos e consagramos nosso dinheiro a Deus através das ofertas e dos dízimos, até o nosso sono é abençoado, pois nossa consciência está tranqüila.

• Ec 11: 1-6: “Lança teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete e ainda com oito, porque não sabes que mal sobrevirá à terra. Estando as nuvens cheias, derramam aguaceiro sobre a terra; caindo a árvore para o sul e para o norte, no lugar em que cair, aí ficará. Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará. Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas. Semeia pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas”. A oferta é semente, como o pão que se lança às águas para ser achado depois. Além de semear, deve ser repartido. Assim, nossa oferta serve para dividir com os menos favorecidos as bênçãos de Deus, ou seja, através dela, outros poderão receber suprimentos e palavra de vida. O pensamento do mundo é que se dermos, se repartirmos, ficaremos sem nada; entretanto, a matemática de Deus nos mostra que quando repartimos o que é nosso, mostramos a verdadeira prosperidade, pois Ele se encarregará de multiplicar o que temos. Outro ensinamento aqui é que o Senhor nos diz que se apenas observarmos o vento, como um semeador que só fica olhando para o céu esperando o tempo favorável, nunca semearemos nada, e o que só olha para as nuvens nunca vai colher. O vento é símbolo do Espírito Santo, assim como dos nossos pedidos; as nuvens falam de chuva, bênção, promessa, glória de Deus. Isso quer dizer que se ficarmos só orando e esperando a ação do Espírito até termos Seus sinais (existem pessoas que vivem pedindo sinais a Deus) ou se ficarmos apenas olhando Sua promessa sem agirmos de maneira prática, nada semearemos nem colheremos. O NT resume este pensamento: A fé sem obras é morta (Tg 2: 17).

• Am 5: 21-24: “Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me agradarei deles, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de mim o estrépito dos vossos cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene”. Deus quer justiça; não adianta religiosidade nem sacrifícios. Deus quer que andemos em santidade e justiça, debaixo da Sua palavra. Oferta não compra Suas bênçãos. Podemos comparar este texto ao descrito em 1 Sm 15: 22-24 sobre o pecado de Saul, quando o profeta Samuel lhe diz que obedecer é melhor do que sacrificar. Deus quer obediência, não sacrifícios. Não adianta ofertar se estivermos em desobediência. Saul já tinha desobedecido ao Senhor antes (1 Sm 13: 8-14) e por isso Deus não se agradou dele. O Senhor compara a avareza a pecado de idolatria (Ef 5: 5; Cl 3: 5) e a desobediência, à feitiçaria (1 Sm 15: 23; Lv 20: 27).

• Ag 1: 6-11: “Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai o vosso passado. Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o Senhor. Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? – diz o Senhor dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa. Por isso, os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra, os seus frutos. Fiz vir a seca sobre a terra e sobre os montes; sobre o cereal, sobre o vinho, sobre o azeite e sobre o que a terra produz, como também sobre os homens, sobre os animais e sobre todo trabalho das mãos”. Sem se importar com a Casa de Deus não há bênção nem prosperidade. Isso não diz respeito apenas às ofertas financeiras para suprir às necessidades materiais do templo como impostos, despesas, salário dos funcionários etc., mas à preocupação quanto a “limpeza espiritual e física” (a reverência e todo um comportamento respeitoso e digno dentro da Casa de Deus, mantendo o templo limpo fisicamente e orando para que, espiritualmente, esteja também em santidade, através das pessoas que ali ministram, para que elas sejam abençoadas por Deus e que estejam sempre na Sua presença). Dessa forma, os que estão debaixo desse manto serão abençoados também.

• Ml 1: 6-14: “O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? – diz o Senhor dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome? Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e ainda perguntais: Em que te havemos profanado? Nisto, que pensais: A mesa do Senhor é desprezível. Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isto mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? – diz o Senhor dos Exércitos. Agora, pois, suplicai o favor de Deus, que nos conceda a sua graça; mas, com tais ofertas nas vossas mãos, aceitará ele a vossa pessoa? – diz o Senhor dos Exércitos. Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a oferta. Mas, desde o nascente do sol até ao poente, é grande entre as nações o meu nome; e em todo lugar lhe é queimado incenso e trazidas ofertas puras, porque o meu nome é grande entre as nações, diz o Senhor dos Exércitos. Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é imunda, e o que nela se oferece, isto é, a sua comida, é desprezível. E dizeis ainda: Que canseira! E me desprezais, diz o Senhor dos Exércitos; vós ofereceis o dilacerado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta. Aceitaria eu isso da vossa mão? – diz o Senhor. Pois maldito seja o enganador, que, tendo um animal sadio no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor um defeituoso; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome é terrível entre as nações”. Não trazer oferta com defeito ao Senhor. Ele não aceita “oferta estragada”. Para nós, trazer “oferta estragada” diante do altar do Senhor é trazer as nossas ofertas de má vontade, com desprezo ou com outro sentimento no coração que não a humildade, a reverência e o amor. É desprezarmos o alimento espiritual que flui do altar, pensando somente nas nossas necessidades materiais e pessoais, antes de colocar Jesus em primeiro lugar em nossa vida. É usarmos o nosso dinheiro para fazer qualquer coisa e, depois, tirarmos o dízimo, se sobrar. Outra revelação importante: a palavra ‘honra’ vem do hebraico, kãbhôdh e significa: dignidade, reputação, honra, renome, orgulho, prestígio, riqueza. Um filho que segue os caminhos de Deus e faz Sua vontade está honrando a Ele e aos seus pais. Significa: ‘ser decente, não ter do que se envergonhar, servir o Senhor de todo o coração, ser um motivo de orgulho (no sentido de dar prazer, alegria) para Deus, mostrar Sua dignidade, zelar pela Sua reputação’. Quando o Senhor estava dizendo: “O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? – diz o Senhor dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome”, Ele queria dizer que a nossa oferta sincera O honra, é um motivo de orgulho para Ele, mostra que Ele é digno de glória e louvor.

 Novo Testamento:
A visão do NT se firma basicamente sobre duas premissas: amor e semeadura.
1) Rm 12: 1: “Rogo-vos, pois irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. Isto significa louvá-lO com tudo o que temos. Em outras palavras: Todo o nosso ser deve glorificar a Deus. É um ato de amor.
2) Gl 6: 7-10: “Não vos enganeis: De Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque ao seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé”. O que o homem semear, isso também colherá. Semear no reino de Deus gera vida eterna, consolida a nossa eleição e a nossa salvação. Resumindo: Semeadura.

Vamos aos textos bíblicos:
• Mt 5: 23-24: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta”. É preciso se reconciliar antes de trazer a oferta. A inimizade faz com que ela seja recusada pelo Senhor.

• Mt 6: 19-21: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. O nosso tesouro deve ser Jesus. Ao semearmos no reino de Deus de todas as formas, estaremos semeando em lugar seguro onde não há ladrões que escavem o nosso tesouro. Quando usamos nossos dons e nossos bens para investir no mundo, não há colheita. Em grego, as palavras-chave aqui colocadas têm um significado específico: Tesouro significa: cofre ou lugar onde estão as coisas boas e preciosas. Céu significa: o lugar onde as coisas não são visíveis, acima da matéria, lugar da morada de Deus. Traça ou mariposa são pessoas que enganam. Ferrugem significa: enfraquecimento, perder o valor. Ladrões são pessoas que roubam. Em outras palavras: ao ofertarmos no reino de Deus, nós estamos guardando o nosso dinheiro num cofre seguro, guardado por Ele, pois quando usamos nosso dinheiro na terra para fins carnais, ele pode ser tocado por pessoas que roubam e enganam e pode perder seu valor, dependendo das leis monetárias humanas que são instáveis. O nosso coração deve estar onde o nosso tesouro está, ou seja, o nosso coração deve estar voltado para as coisas realmente preciosas, as coisas do céu.

• Mt 6: 22-23: “São os olhos [grego: ação de ver, pontaria, visão que se tem] a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons [generosos], todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus [gananciosos], todo o teu corpo estará em trevas [falta de entendimento, de revelação, do conhecimento verdadeiro de Deus]. Portanto, caso a luz que há em ti [luz que recebemos na mente, portanto, devemos ter cuidado com as idéias que acolhemos] sejam trevas, que grandes trevas serão!”. Jesus deu este ensinamento logo em seguida ao dos tesouros no céu, pois estava falando sobre prosperidade e riqueza. Neste texto, usou conceitos hebraicos conhecidos na época como o significado dos olhos. Nos dias de Jesus, os olhos eram considerados janelas que levavam luz para o interior do corpo. Podiam ser bons ou maus. Como o contexto trata das riquezas, o sentido da palavra bons parece ser o de generosidade, e a palavra maus remete à ganância. O olho generoso traz saúde moral, e o olho ganancioso corrompe toda a perspectiva de uma pessoa. Outro conceito também empregado era o de que os olhos traziam as coisas especialmente para o mundo material daquele que estava desejando o que via, assim como o que a pessoa ouvia afetava sua alma; o que ela falasse moldava seu mundo espiritual.

• Mt 6: 24: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”. Em outras traduções a palavra riqueza é substituída por dinheiro ou Mamon, seu significado em grego, o que foi entendido como o ‘deus das riquezas’. Por isso, o dinheiro deve estar debaixo do domínio do Espírito em nossa vida, para que ele seja nosso escravo, não nosso senhor. Vamos explicar melhor: em hebraico, a palavra para dinheiro é keseph (= prata). Em grego é mamon. Entretanto, por ser algo que recebeu tanta honra e prioridade por parte dos homens, foi colocada no lugar de um deus, por isso, parece ter uma identidade, até competindo com o Deus verdadeiro pela posse de uma alma, ou seja, o dinheiro “adquiriu vida”. Por isso, Jesus disse que não poderíamos servir a Deus e às riquezas. Ele não colocou neste versículo nenhum outro deus que os homens costumam cultuar: prazer, poder, fama e conhecimento; não falou sobre enfermidades, nem sobre outras obras da carne além da avareza, tampouco sobre outras entidades espirituais. Podemos pensar, então, que o deus que mais compete com o verdadeiro Deus é o dinheiro. Com ele se ‘compram’ todos os outros, menos Jesus. Além disso, uma balança normalmente tem dois pratos. O dinheiro pesa para o lado material, impedindo que o lado espiritual se manifeste numa pessoa. Ela fica cega às verdades de Jesus, correndo o risco de perder sua salvação (Lc 12: 13-21).

• Mt 7: 7-12: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem? Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o também a eles; porque esta é a Lei e os profetas” cf. Mc 4: 24-25: “Então, lhes disse: Atentai no que ouvis. Com a medida com que tiverdes medido vos medirão também, e ainda se vos acrescentará. Pois ao que tem [tesouros no céu] se lhe dará; e, ao que não tem [não tem tesouros no céu], até o que tem lhe será tirado”. Devemos pedir a Ele o que necessitamos, mas também buscar e bater, o que nos faz pensar numa escala de fatores: primeiro um pedido, depois a busca mais profunda pelas respostas de Deus e, em seguida, bater no Seu trono pelas soluções que necessitamos, sendo as principais delas, o conhecimento da Sua vontade e o entendimento da Sua maneira de pensar. Fazer aos outros o que quer que se faça a si é o cerne da Lei e dos ensinos dos profetas (amar ao próximo como a ti mesmo = lei da prosperidade). Quando pensamos no bem do próximo e semeamos na obra de Deus visando ao cumprimento da Sua verdade e da Sua justiça, recebemos a verdadeira prosperidade.

• Mt 18: 10-14: “Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste. [Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido]. Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, não deixará ele nos montes as noventa e nove, indo procurar a que se extraviou? E, se porventura a encontra, em verdade vos digo que maior prazer sentirá por causa desta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos”. A nossa oferta nos faz participantes da obra de Deus, ajudando-O a resgatar os que estão perdidos. É da vontade de Deus que nem um só pequenino pereça.

• Mt 19: 21: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me”. Aqui a bíblia fala do jovem rico. Ele seguia as leis de Deus, mas não conseguia se desprender daquilo que era mais precioso para ele que era o dinheiro, por isso Jesus lhe deu esta palavra para testar a vontade do jovem de ser um discípulo. O problema não era ser rico, e sim ser avarento. O desprendimento das coisas materiais o aproximaria do amor de Deus, e isso o faria perfeito diante Dele, pois ele passaria a ser um abençoador. Assim, a semeadura nos aproxima da perfeição divina e nos abre os tesouros do céu.

• Mt 22: 15-22, com enfoque no versículo 21: “Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam em alguma palavra. E enviaram-lhe discípulos, juntamente com os herodianos, para dizer-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus, de acordo com a verdade, sem te importares com quem quer que seja, porque não olhas a aparência dos homens. Dize-nos, pois: que te parece? É lícito pagar tributo a César ou não? Jesus, porém, conhecendo-lhes a malícia, respondeu: Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo. Trouxeram-lhe um denário. E ele lhes perguntou: De quem é esta efígie e inscrição? 21 Responderam: De César. Então, lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Ouvindo isto, se admiraram e, deixando-o, foram-se”. Jesus deixa bem claro aqui a separação existente entre o dinheiro do mundo e o dinheiro de Deus, pois os objetivos são diferentes. Ele não nos ensina a sonegar impostos (Rm 13: 7), nem nos isenta de Lhe dar o que Lhe pertence (o dízimo, 10% da nossa renda), pois nos lembra que o trabalho que temos foi Ele que nos deu como bênção, portanto, nosso ato de gratidão nos garante também Sua mão protetora sobre nossa vida.

• Mt 25: 29: “Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado” (Mt 25: 14-30 – a parábola dos talentos). A oferta multiplica o que Deus nos dá e aumenta o nosso depósito no céu. Existe aqui também outro ensinamento. Nem todos têm a mesma capacidade de negociar, assim como nem todos foram separados diretamente para o ministério de evangelização e de pregação da palavra. O que enterrou o talento não sabia negociar, por isso deveria dar aos que sabiam (“banqueiros”), ou seja, se não se sabe evangelizar, deve-se dar a oferta na Casa de Deus àqueles que sabem ganhar vidas para o Senhor. Compare com o que está escrito em 1 Pe 4: 10-11: “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém”.

• Mt 25: 34-40: “Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”. Quando damos aos pequenos que não têm nada, estamos dando ao próprio Deus. Portanto, a oferta para sustentar a Sua obra nos garante o lugar ao Seu lado no céu, pois nos faz semelhantes a Ele (carregamos Sua marca em nosso ser).

• Mc 4: 26-32: “Disse ainda: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra; depois, dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como. A terra por si mesma frutifica: primeiro a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. E, quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa. Disse mais: A que assemelharemos o reino de Deus? Ou com que parábola o apresentaremos? É como um grão de mostarda, que, quando semeado, é a menor de todas as sementes sobre a terra; mas, uma vez semeada, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças e deita grandes ramos, a ponto de as aves do céu poderem aninhar-se à sua sombra”. A oferta é uma semente plantada no reino de Deus (tanto a oferta financeira como a Palavra); o crescimento ocorre pelo poder divino, não pelo esforço humano.

• Mc 6: 30-44: “Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado. E ele lhes disse: Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham. Então, foram sós no barco para um lugar solitário. Muitos, porém, os viram partir e, reconhecendo-os, correram para lá, a pé, de todas as cidades, e chegaram antes deles. Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas. Em declinando a tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: é deserto este lugar, e já avançada a hora; despede-os para que, passando pelos campos ao redor e pelas aldeias, comprem para si o que comer. Porém ele lhes respondeu: Dai-lhes vós mesmos de comer. Disseram-lhe: Iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer? E lhes disse: Quantos pães tendes? Ide ver! E, sabendo-o eles, responderam: Cinco pães e dois peixes. Então, Jesus lhes ordenou que todos se assentassem, em grupos, sobre a relva verde. E o fizeram, repartindo-se em grupos de cem em cem e de cinqüenta em cinqüenta. Tomando ele os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou; e, partindo os pães, deu-os aos discípulos para que os distribuíssem; e por todos repartiu também os dois peixes. Todos comeram e se fartaram; e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. Os que comeram dos pães eram cinco mil homens”. Quando damos o nosso insuficiente para Deus, Ele transforma em suficiente e ainda sobeja. A oferta é veículo para a multiplicação de bênçãos e de almas para o reino de Deus. Complemente sua leitura com o capítulo 4 (“A primeira multiplicação de pães e peixes”) de outro livro deste ministério: “Ensinos, curas e milagres” (  – download the book), onde estudamos mais sobre este texto bíblico.

• Mc 8: 34-37: “Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir a mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Que daria um homem em troca de sua alma? Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos”. Todo o nosso ser deve ser entregue nas mãos do Senhor. Nossa cruz, só nós podemos carregar e Ele nos dará a redenção. A cruz foi entrega e submissão, mas vitória e ressurreição. Por obedecer ao Pai, Jesus foi glorificado diante do mundo, diante dos anjos e dos demônios e Seu nome está acima de todo nome. Ele deu tudo. Quando nos damos como oferta viva ao Senhor, Ele nos honra, nos justifica e nos glorifica.

• Mc 12: 41-44; Lc 21: 1-4: “Assentado diante do gazofilácio, observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias. Vindo, porém, uma viúva pobre, depositou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ele, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento”. Não importa o valor da oferta, mas dar o nosso melhor para o Senhor, até mesmo o nosso tudo; entregarmo-nos a Ele na totalidade. Complete sua leitura com o capítulo 19 do livro “Ensinos, curas e milagres” (  – download the book): a oferta da viúva pobre.

• Lc 6: 37-38: “Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; dai e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Aprendizados: 1) Para receber é preciso dar primeiro. 2) Juízo precipitado é proibido: a mesma medida é usada para nós: lei da prosperidade. 3) Antes deste texto, Jesus estava falando sobre a vida afetiva, sobre a vingança e o amor ao próximo. Aqui, também, não só fala da área sentimental, mas das três áreas mais importantes da nossa vida, pois a prosperidade não abrange apenas a riqueza, mas também a doação global de nós mesmos e a multiplicação de bênçãos em todas elas. É interessante perceber que a palavra acima nos ensina a semeadura verdadeira na área material, emocional e espiritual. Assim: quem tem autoridade para julgar é Deus; não adianta condenar alguém que Ele julgou como inocente, portanto, nesta área (espiritual), ao invés de julgar, a semente é orar; na área emocional, as sementes são: o apoio emocional, a palavra de incentivo e o perdão. Reter o perdão mata a semente. Na área financeira, o Senhor nos aconselha a dar o melhor que temos, porque quem vai fazer os cálculos é Ele mesmo e os Seus pesos serão justos. Para Jesus só há um peso e uma medida: o amor.

• Lc 12: 13-21: “Nesse ponto, um homem que estava no meio da multidão lhe falou: Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós? Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus”. Jesus reprova a avareza. O dinheiro e os bens não compram a salvação. As coisas de Deus devem estar em primeiro lugar e ocupar nosso pensamento. As sementes que são guardadas mais do que o devido acabam apodrecendo.

• Lc 12: 22-34; Mt 6: 25-34 (A ansiosa solicitude pela vida): “A seguir dirigiu-se Jesus a seus discípulos, dizendo: Por isso, eu vos advirto: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Porque a vida é mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes. Observai os corvos, os quais não semeiam, nem ceifam, não têm despensa nem celeiros; todavia, Deus os sustenta. Quanto mais valeis do que as aves! Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso de sua vida? Se, portanto, nada podeis fazer quanto às coisas mínimas, por que andais ansiosos pelas outras? Observai os lírios do campo; eles não fiam, nem tecem. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais tratando-se de vós, homens de pequena fé! Não andeis ansiosos, pois, a indagar o que haveis de comer ou beber e não vos entregueis a inquietações. Porque os gentios de todo o mundo é que procuram estas coisas; mas vosso Pai sabe que necessitais delas. Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas. Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino. Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, aonde não chega o ladrão, nem a traça consome, porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. Colocar o reino de Deus em primeiro lugar faz com que Ele nos acrescente as outras coisas. Quando temos fé em Deus, vivemos um dia de cada vez com a inocência dos seres da natureza, pois sabemos que o dia de amanhã, Ele proverá. A simplicidade desta entrega nos faz ter vestes espirituais mais preciosas que a dos reis e comer de uma mesa mais farta que os mais ricos da terra podem desfrutar. Tudo está debaixo do Seu controle.

• Lc 16: 1-13 (A parábola do administrador infiel): “Disse Jesus também aos discípulos: Havia um homem rico que tinha um administrador; e este lhe foi denunciado como quem estava a defraudar os seus bens. Então, mandando-o chamar, lhe disse: Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes mais continuar nela. Disse o administrador consigo mesmo: Que farei, pois o meu senhor me tira a administração? Trabalhar na terra não posso; também de mendigar tenho vergonha. Eu sei o que farei, para que, quando for demitido da administração, me recebam em suas casas. Tendo chamado cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu patrão? Respondeu ele: Cem cados (1 cado = 20, 82 litros) de azeite. Então, disse: Toma a tua conta, assenta-te depressa e escreve cinqüenta. Depois, perguntou a outro: Tu, quanto deves? Respondeu ele: Cem coros de trigo (1 coro para secos = 176, 2 litros). Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta. E elogiou o senhor o administrador infiel porque houvera atiladamente, porque os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz. E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos. Quem é fiel no pouco também é fiel no muito. Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza? Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso? Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar o outro ou se devotará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”. Abrir mão dos lucros na terra (riquezas de origem iníqua) garante os lucros celestiais (a verdadeira riqueza). Além disso, o administrador infiel, apesar do ato fraudulento para com o patrão, mostrou que o valor por ele dado à amizade foi maior do que a idolatria ao dinheiro e ao medo da punição pelo seu pecado, pois teria que pagar, de qualquer forma, pelo roubo que cometera. Houve um arrependimento. Isso o ensinou a importância de andar retamente diante dos homens. Esse texto também nos ensina que quando usamos nosso dinheiro na terra da maneira correta, nós conseguimos amigos, pois mostramos que não somos avarentos; e depois de morrermos, encontraremos nosso tesouro no céu, pois nós o entesouramos enquanto estávamos na terra, deixando de lado o apego ao dinheiro.

• Jo 6: 27-29 (Trabalhar pela comida que não perece): “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo. Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus? Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado”. O nosso trabalho deve estar voltado para a glorificação do nome do Senhor e para Sua obra e nossa oferta deve ter o propósito de ajudar aqueles que necessitam crer em Jesus para serem salvos.

• Jo 6: 47-48; 51: “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida... Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne”. Jesus é o pão da vida, ou seja, Ele se deu, alimentou a muitos. Assim deve ser conosco. Nossa oferta deve ser um ato de amor, entrega e doação. Não devemos dar a oferta por dar. Ao dá-la, nós estamos também nos doando ao Senhor, entregando o nosso melhor a Ele.

• Jo 14: 15: Aqui Jesus diz: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”. E em At 20: 35 está escrito: “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Jesus: Mais bem-aventurado é dar do que receber”. Portanto, se amamos o Senhor, cumpramos Seu mandamento que é dar, semear, socorrer. Ofertar é sinal de amor a Jesus.

• Jo 15: 13: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos”. Jesus a entregou por nós, portanto, o ato de dar de nós mesmos com o que temos de melhor nos aproxima Dele. E o que temos de melhor é a Sua palavra viva em nós e os recursos que Ele coloca em nossas mãos para serem usados para o Seu reino.

• At 2: 42-47 (Como viviam os novos convertidos): “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unanimemente no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”. Vemos aqui, não um texto sobre ofertas propriamente ditas como se fazia no templo, mas um exemplo de como se ofertar aos outros em amor e doar os bens para o bem-estar de todos. Conseqüentemente, a bênção de Deus (v. 47) se estabelece. O ato de amor dos novos convertidos trazia as pessoas para o evangelho. Estavam debaixo da unção de prosperidade e multiplicação. O Senhor não nos obriga a vender tudo o que temos, ficar sem nada e dar tudo na igreja; não é isso, porém, o exemplo de dar o melhor de nós para que a igreja se torne uma comunidade suprida é o ensinamento principal. Por exemplo, alguém pode oferecer seus préstimos e qualidades profissionais à igreja caso haja uma necessidade, simplesmente porque Deus toca o coração dessa pessoa para realizar essa doação como um ato de amor a Ele e ao próximo, sem que ninguém tenha que forçar ou coagir ou chantagear ninguém, nem abusar de sua boa vontade. O trabalho é abençoado por Deus e deve ser exercido com responsabilidade por todos. Igreja é lugar de prosperidade e responsabilidade pessoal; não de compactuar com miséria, acomodação ou “levar vantagem”.

• At 4: 32-35 (A Igreja Primitiva): “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade”. As palavras-chave estão em itálico: 1) Ser um o coração e a alma, ou seja, ter um único propósito que era agradar a Deus e viver dos ensinamentos que Jesus tinha deixado, repetindo Sua entrega, Seu desprendimento e Seu amor; 2) comum, ou seja, ter a experiência de comunidade, não de isolamento egoísta; 3) nenhum necessitado, ou seja, todos cooperando para o equilíbrio da vida de cada membro para não haver escassez ou falta; 4) depositavam aos pés dos que tinham a autoridade de administrar o que lhes era conferido, pois eram pessoas confiáveis diante dos homens e diante de Deus, por isso, exerciam seu ofício com seriedade e santidade, ganhando, assim, a confiabilidade dos novos convertidos; 5) distribuía, ou seja, tudo era repartido de maneira sensata e equilibrada.

• At 20: 35: “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber”. Dar nos faz parecidos com Jesus. A palavra “bem-aventurado” tem o significado de “feliz”.

• 1 Co 9: 1-14: “Não sou eu, porventura, livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Acaso, não sois fruto do meu trabalho no Senhor? Se não sou apóstolo para outrem, certamente, o sou para vós outros; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor. A minha defesa perante os que me interpelam é esta: não temos nós o direito de comer e beber? E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? Ou somente eu e Barnabé não temos o direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? Porventura, falo isto como homem ou não o diz também a lei? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi, quando pisa o trigo. Acaso, é com bois que Deus se preocupa? Ou é, seguramente, por nós que ele o diz? Certo que é por nós que está escrito; pois o que lavra cumpre fazê-lo com esperança; o que pisa o trigo faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais (cf. Rm 15: 27)? Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior medida? Entretanto, não usamos desse direito; antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento (Dt 18: 1)? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho (Mt 10: 10; Lc 10: 7; 1 Tm 5: 17-18b)”. Quem trabalha para o reino de Deus é digno do seu salário. Às vezes, se torna difícil para as pessoas entenderem que trabalhar na Obra é um trabalho como qualquer outro, até de maior responsabilidade e risco. Nele se lida com forças invisíveis (espirituais) que têm poder de destruição e assolação, assim como se faz um trabalho santo para o Senhor que é semear Sua palavra de verdade. Se houver má administração desse serviço que nos foi confiado, mais teremos que Lhe dar conta. Deus deixou bem claro em Dt 18: 1-2 que “os sacerdotes levitas e toda a tribo de Levi não terão parte nem herança em Israel; das ofertas queimadas ao Senhor e daquilo que lhes é devido comerão. Pelo que não terão herança no meio de seus irmãos; o Senhor é a sua herança, como lhes tem dito”. Muitos cristãos excluem o AT da sua vida com a desculpa de viverem debaixo da “graça de Jesus Cristo”, se esquecendo que o AT foi uma “sombra” do NT (Hb 10: 1; Cl 2: 17) e que Jesus não veio para revogar a Lei, mas para cumpri-la. O chamado integral para a obra de Deus não é para todos, nem é uma escolha humana, porém, um chamado divino exclusivo, como Ele separava os levitas para serem Seus, já que não tinham direito à terra em Israel como seus irmãos. Deixar o trabalho secular para responder ao chamado exclusivo de Deus não só nos coloca numa posição de humilhação diante das pessoas, principalmente das carnais, que vivem apenas do que seus olhos conseguem ver e do que sua mente consegue entender; também nos coloca num outro nível de fé onde passamos a depender da fidelidade, da provisão e da Sua promessa sobre nossas vidas. Semear insistente e pacientemente as coisas espirituais na vida das pessoas por anos a fio necessita de capacitação divina e, por si só, já nos dá o direito a um salário justo (colheita da nossa semeadura) por um trabalho tão difícil como é mudar a mente do ser humano e ajudá-lo a desenvolver sua salvação em Cristo.

• 2 Co 5: 18-21 (O ministério da reconciliação): “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou apalavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”. Aqui fala em primeiro lugar que Jesus nos reconciliou com Deus através da cruz. Em hebraico, o termo reconciliação significa: troca de uma moeda de menor valor por uma de maior valor. Em grego, o mesmo termo significa: ajuste de diferenças, restauração para favorecer, trabalhar as diferenças para que o outro seja favorecido. Ministério (diaconia) significa: serviço, favorecer alguém, o que promove ligação entre os homens. Muitas vezes, a reconciliação é o ato de dar uma palavra de conforto para o aflito, restaurando-o à sua posição inicial de bem-aventurança. É apaziguar os ânimos, levar o amor aonde existe contenda e divisão. A unção da reconciliação quebra o jugo, é perfumada às narinas de Deus, por isso sobe como incenso suave a Ele. É uma condição de serviço para Deus. Quem O serve precisa ter essa unção. É caminho de bênção. Portanto, para ofertar a Deus é necessário que se tenha dentro de si a unção da reconciliação, para que a oferta suba como incenso suave ao altar.

• 2 Co 8: 1-15 (A oferta das igrejas da Macedônia para os pobres da Judéia): “Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus concedida às igrejas da Macedônia; porque no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade. Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários, pedindo-nos com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus; e o que nos levou a recomendar a Tito que, como começou, assim também complete esta graça entre vós. Como, porém, em tudo, manifestais superabundância, tanto na fé e na palavra como no saber, e em todo cuidado, e em nosso amor para convosco, assim também abundeis nesta graça. Não vos falo na forma de mandamento, mas para provar pela diligência de outros, a sinceridade do vosso amor; pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos. E nisto dou minha opinião; pois a vós outros, que, desde o ano passado, principiastes não só a prática, mas também o querer, convém isto. Completai, agora, a obra começada, para que, assim como revelastes prontidão no querer, assim leveis a bom termo, segundo as vossas posses. Porque, se há boa vontade, será aceita conforme o que o homem tem e não segundo o que ele não tem. Porque, não é para que os outros tenham alívio, e vós sobrecarga; mas para que haja igualdade, suprindo a vossa abundância, no presente, a falta daqueles, de modo que a abundância daqueles venha a suprir a vossa falta e, assim, haja igualdade, como está escrito: O que muito colheu não teve demais; e o que pouco, não teve falta (no original – Êx 16: 18: ‘pois colheram cada um o que podia comer’)”. Os crentes da Macedônia sentiram alegria em ofertar e insistiram para fazê-lo, pois o coração deles era próspero e abundante. Um coração que é próspero não precisa ser necessariamente rico, mas é doador e semeador e, com certeza, vai colher os frutos. Mesmo que estivessem passando por provas financeiras, pela graça de Deus conseguiram superar a si mesmos e doar voluntariamente, porque descobriram que participar desse ministério era bom. Pela vontade de Deus, eles se deram primeiro a Ele e depois aos irmãos, ou seja, por amor a Ele decidiram se dar aos santos, pois descobriram Jesus em cada um deles. Paulo desejava que os Coríntios imitassem este exemplo dos crentes da Macedônia, tanto na fé, como no saber verdadeiro da palavra de Deus, quanto na prosperidade do coração que havia no coração deles. Ele nos faz lembrar que Jesus sendo rico em tudo, se fez pobre por amor de nós; despiu-se de Sua glória e majestade para que nós nos tornássemos ricos em tudo, inclusive na vida material.

 Aqui, nós vamos parar um pouco e fazer uma experiência prática vinda do Senhor para entendermos a atitude dos crentes da Macedônia:
Nossa experiência prática vai ser experimentarmos a alegria de dar e poder ajudar a quem está precisando de ajuda. Todos nós temos algo a dar. É muita desculpa dizermos que não temos nada, porque se comemos, vestimos, temos onde morar, nossos filhos estudam, temos carro, televisão, outros bens materiais e as facilidades da vida moderna existe um potencial em nós. O que talvez falte a muitos é vontade de ser útil. Nenhum ser veio à terra cem por cento desprovido de tudo, pois Deus colocou, no mínimo, raciocínio em sua mente, lhe deu um corpo que se move e trabalha de alguma forma e lhe deu dons e potenciais que, se estão escondidos e não se manifestam é porque a própria carne humana bloqueia o liberar do Espírito. Vamos, hoje, deixar de lado o nosso comodismo e nossas razões para fazer a obra de Deus. Isso é “se dar primeiramente a Ele” como fizeram os crentes da Macedônia; simplesmente, se colocaram como um canal para Deus agir. A bíblia fala que eles estavam passando por grande dificuldade financeira, entretanto, perceberam que ainda havia algo a dar aos irmãos mais necessitados, porque entenderam o segredo da prosperidade: semear. Portanto, meu irmão e minha irmã, sente-se um pouco e pergunte ao Espírito Santo quem à sua volta está precisando de ajuda. Pode ser de uma palavra amiga, de um gesto de carinho ou consolo, de oração, de uma palavra de Deus que o “levante” e lhe restitua a ousadia, pode ser de um remédio, de uma roupa, de dinheiro para pagar uma conta ou simplesmente de um prato de comida. Muitas pessoas acham que isso é dever do governo ou da Igreja, mas é dever de cada um de nós. Não precisamos ficar esperando que o outro faça o que nos cabe fazer, que pratique boas ações por nós. A bíblia fala duas palavras muito importantes: “Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo” (Pv 3: 27). Também diz: “Aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz está pecando” (Tg 4: 17). Olhe quantas pessoas ao seu redor precisam de algo que você tem. Entregue-se sem medo nas mãos do Espírito Santo e aja. Ele vai lhe dar em troca a alegria de ter podido ajudar alguém.

• 2 Co 9: 6-15: “E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra, como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre (cf. Sl 112: 9). Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça (cf. Is 55: 10-11), enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus. Porque o serviço desta assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também redunda em muitas graças a Deus, visto como, na prova desta ministração glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela liberalidade com que contribuís para eles e para todos, enquanto oram eles a vosso favor, com grande afeto, em virtude da superabundante graça de Deus que há em vós. Graças a Deus pelo seu dom inefável (que não se pode exprimir por palavras, indizível, encantador, inebriante)”. Deus mesmo coloca as sementes em nossas mãos para que semeemos e Ele possa multiplicá-las. Não devemos dar com tristeza ou por necessidade, mas com alegria, porque isso move o coração de Deus. A alegria é um adubo para a semente.

• Gl 6: 7-10: “Não vos enganeis: De Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé”. O que o homem semear, isso também colherá. Semear no reino de Deus gera vida eterna, consolida a nossa eleição e a nossa salvação.

• Ef 5: 5-7; Cl 3: 5 (Avareza = idolatria e não herda o reino): “Sabei, pois isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais participantes com eles”. A desobediência atrai a ira de Deus.

• Fp 4: 17: “Não que eu procure o donativo, mas o que realmente me interessa é o fruto que aumente o vosso crédito”. A oferta aumenta o nosso crédito no céu.

• Cl 3: 23-24: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo”. Quando fazemos por amor, Deus recompensa. Quando fazemos aos outros é a Ele que estamos servindo.

• 1 Tm 5: 17-18 (cf. 1 Co 9: 1-14): “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário”. O trabalhador é digno do seu salário. Se quiser, leia os livros deste ministério: “Trabalho” (  – download the book) e “Trabalho abençoado” (  – download the book).

• 1 Tm 6: 10: “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” e 1 Tm 6: 17-19 (acerca dos ricos): “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida”. Nossa esperança e segurança não devem estar firmados na riqueza, mas em Deus que nos dá o que precisamos. Ofertar faz com que nos apoderemos da verdadeira vida de Deus.

• Tg 2: 14-17: “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta”. A fé sem obras é morta. Ofertar é colocar nossa fé em ação esperando colher o que ainda não se vê, como Abraão exerceu sua fé sem ver ainda a promessa.

 Primícias:
É importante notar que antes do ato de Abrão de dar o dízimo a Melquisedeque só havia a oferta das primícias, como fez Abel (Gn 4: 2-7: “... Abel foi pastor de ovelhas, e Caim, lavrador. Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante. Então, lhe disse o Senhor: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo”). Aqui, Abel dá a Deus as suas primícias, por isso sua oferta foi aceita e a de Caim não. As primícias não era 10% da colheita ou do gado, mas era o que primeiro frutificou ou foi gerado, como uma oferta de gratidão ao Senhor. O Senhor se agradou de Abel e o abençoou. Assim como o dízimo deve ser separado antes de gastarmos nosso dinheiro com qualquer coisa, as primícias de alguma bênção que recebemos são uma forma de agradecer ao Senhor por tê-la nos dado e ter Sua proteção sobre o que for gerado a partir dali. Dízimo é 10%, portanto, diferente de primícias.

Ainda sobre primícias está escrito:
• Êx 23: 16 e 19: “Guardarás a Festa da Sega (Pentecostes ou Festa das Semanas), dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo, e a Festa da Colheita (Tabernáculos), à saída do ano, quando recolheres do campo o fruto do teu trabalho... As primícias dos frutos da tua terra trarás à Casa do Senhor, teu Deus. Não cozerás o cabrito no leite da sua própria mãe”. Fala das primícias como uma instituição dada por Deus por ter abençoado a terra. É gesto de gratidão.

• Êx 34: 22 e 26: “Também guardarás a Festa das Semanas, que é a das primícias da sega do trigo, e a Festa da Colheita no fim do ano... As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à Casa do Senhor, teu Deus. Não cozerás o cabrito no leite da sua própria mãe”. Mais uma vez fala das primícias nas três festas instituídas para o povo judeu: a Páscoa (Festa dos pães asmos), o Pentecostes (Festa das Semanas), que marca o fim da colheita de trigo, e a festa dos Tabernáculos (festa da colheita no final do ano), que encerra toda a colheita. A festa das primícias (Lv 23: 9-14) é comemorada no dia 16 do mês de Abibe, ou Nisã, o primeiro mês e que corresponde a março/abril do nosso calendário e deve-se apresentar um molho da primeira colheita de cevada como oferta movida, além de apresentar holocausto e oferta de manjares. Ver também Lv 23: 10 (“Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra, que vou dou, e segardes a sua messe, então, trareis um molho das primícias da vossa messe ao sacerdote”) e Dt 26: 1-11 (“Ao entrares na terra que o Senhor, teu Deus, te dá por herança, ao possuí-la e nela habitares, tomarás das primícias de todos os frutos do solo que recolheres da terra que te dá o Senhor, teu Deus, e as porás num cesto, e irás ao lugar que o Senhor, teu Deus, escolher para ali fazer habitar o seu nome. Virás ao que, naqueles dias, for sacerdote e lhe dirás: Hoje, declaro ao Senhor, teu Deus, que entrei na terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar a nossos pais. O sacerdote tomará o cesto da tua mão e o porá diante do altar do Senhor, teu Deus. Então, testificarás perante o Senhor, teu Deus, e dirás: Arameu prestes a perecer foi meu Pai, e desceu para o Egito, e ali viveu como estrangeiro com pouca gente; e ali veio a ser nação grande, forte e numerosa. Mas os egípcios nos maltrataram, e afligiram, e nos impuseram dura servidão. Clamamos ao Senhor, Deus de nossos pais; e o Senhor ouviu a nossa voz e atentou para a nossa angústia, para o nosso trabalho e para a nossa opressão; e o Senhor nos tirou do Egito com poderosa mão, e com braço estendido, e com grande espanto, e com sinais, e com milagres; e nos trouxe a este lugar e nos deu esta terra, terra que mana leite e mel. Eis que, agora, trago as primícias dos frutos da terra que tu, ó Senhor, me deste. Então, as porás perante o Senhor, teu Deus, e te prostrarás perante ele. Alegrar-te-ás por todo o bem que o Senhor, teu Deus, te tem dado a ti e a tua casa, tu, e o levita, e o estrangeiro que está no meio de ti”).

Como nem todos trabalhamos na lavoura, consideramos as primícias como um gesto de gratidão por Deus ter nos abençoado no nosso trabalho. Nos nossos dias, podemos dar como oferta de primícias ao Senhor uma porcentagem ou a totalidade do nosso primeiro salário, por exemplo, do nosso primeiro emprego; também quando o Senhor nos abençoa com um trabalho após termos passado um tempo sem sustento financeiro; quando Deus coloca em nossas mãos uma restituição financeira de algo que já havíamos dado por perdido; quando recebemos uma gratificação extra por nosso trabalho ou ainda quando o Espírito Santo nos move a fazê-lo em qualquer outra situação que para nós é um milagre ou simboliza a bênção de Deus sobre nós.

• Dt 26: 1-4: “Ao entrares na terra que o Senhor, teu Deus, te dá por herança, ao possuí-la e nela habitares, tomarás das primícias de todos os frutos do solo que recolheres da terra que te dá o Senhor, teu Deus, e as porás num cesto, e irás ao lugar que o Senhor, teu Deus, escolher para ali fazer habitar o seu nome. Virás ao que, naqueles dias, for sacerdote e lhe dirás: Hoje, declaro ao Senhor, teu Deus, que entrei na terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar a nossos pais. O sacerdote tomará o cesto da tua mão e o porá diante do altar do Senhor, teu Deus”.

• 2 Cr 31: 5: “Logo que se divulgou esta ordem, os filhos de Israel trouxeram em abundância as primícias do cereal, do vinho, do azeite, do mel e de todo produto do campo; também os dízimos, de tudo trouxeram em abundância”.

• Ez 44: 30: “O melhor de todos os primeiros frutos de toda espécie e de toda oferta serão dos sacerdotes; também as primeiras das vossas massas dareis ao sacerdote, para que faça repousar a bênção sobre a vossa casa“.

 Vamos voltar ao assunto "ofertas", cujos versículos se encontram no livro “Quem diria!” (  ). Ele nos mostra versículos que nós jamais poderíamos imaginar que falassem sobre isso e nos transmite mensagens muito espirituais em relação ao assunto 'dízimos e ofertas', pois nos conduz ao objetivo maior do Senhor que é a salvação de almas para o Seu reino. Vamos lê-los:
• 2 Co 2: 14-17: “Graças, porém, a Deus que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para a morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas? Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus”.

Jesus mesmo disse aos discípulos quando os enviou a pregar: “De graça recebestes, de graça dai”. Também disse: “Digno é o trabalhador do seu salário”. No texto que lemos (2 Co 2: 14-17), o apóstolo Paulo fala a mesma coisa em outras palavras, ou seja, a palavra de Deus não foi feita para ser comercializada e Suas bênçãos não são vendidas. Os que trabalham honestamente para o Senhor não visando ao lucro, mas a vidas para o Seu reino, são merecedores do sustento diário, como disse o próprio Jesus, pois seu coração mostra o perfume da Sua presença aonde quer que vão; a verdade de Deus os acompanha. Quem não dá crédito a um enviado Dele, por si só está rejeitando a Sua palavra, portanto, rejeitando a vida e escolhendo a morte. Quando se semeia com amor no reino de Deus, tendo esta visão em mente, de que a oferta na Sua obra traz vida a muitos e ajuda a sustentar o que se afadigam nela, o bom perfume de Cristo entra igualmente na área financeira de quem oferta como uma recompensa e um sinal da aprovação divina. O Senhor os considera trabalhadores fiéis da Sua lavoura porque descobriram o preço que uma vida tem para Ele. Não julgue precipitadamente Seus servos por causa do erro de alguns ou por mentiras do maligno, que vêm distorcer a visão correta do projeto divino. Ofertar com amor traz à nossa vida o aroma suave do Espírito Santo; reter dinheiro por avareza traz o cheiro da morte. Jesus quer que você experimente a alegria de servi-lO e de ser reconhecido pelo Seu perfume aonde quer que você vá.

• Dt 22: 9: “Não semearás a tua vinha com duas espécies de sementes, para que não degenere o fruto da semente que semeaste e a messe da vinha”. O que o Senhor nos diz aqui é que precisamos ser coerentes com o que pensamos, sentimos, fazemos ou pregamos. Lembre-se da mulher com fluxo de sangue que foi tocada por Jesus; ela agiu coerentemente com a sua fé e foi curada e salva. Se você diz que concorda com a palavra de Deus, mas não a pratica, as sementes são contrárias, por isso não há colheita dos frutos provenientes das sementes plantadas. A má ação anula a boa ação. Se você abençoa hoje e amaldiçoa amanhã, as sementes são contrárias e, conseqüentemente, não vai nascer fruto na sua terra. O mal que sai da sua própria boca arranca a semente boa. Se você está congregando numa igreja, porém, dá sua oferta e seu dízimo em outra, ou seja, não no lugar onde você se alimenta, ou se não dizima, mas gasta o dinheiro que é de Deus com as coisas do mundo, não vai haver crescimento de nada. Se plantarmos sementes de mostarda e milho ao mesmo tempo, não vai haver colheita produtiva de nenhum dos dois grãos. Portanto, medite sobre isso hoje e tome seu posicionamento. A palavra de Deus diz que não podemos servir a dois senhores. Qual deles você quer servir?

• Lc 18: 15-17: “Traziam-lhe também as crianças, para que as tocasse; e os discípulos, vendo, os repreendiam. Jesus, porém, chamando-as para junto de si, ordenou: Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele”.

Aqueles que recebem a Palavra com humildade e a deixam agir em seus corações, principalmente em sua vida financeira, mostram características de quem reconhece a necessidade de crescer, de aprender com o Pai e de quem crê Nele, incondicionalmente, como uma criança. Assim, nossas ofertas diante do Senhor, independente do valor monetário, devem vir junto com a inocência e a disposição de aprender e servir que têm as crianças. Esses ingredientes multiplicam de forma espantosa a nossa semente diante Dele; assim, Ele pode ser nosso Pai e nos abençoar.

• Lc 18: 28-30: “E disse Pedro: Eis que nós deixamos a nossa casa e te seguimos. Respondeu-lhes Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos, por causa do reino de Deus, que não receba, no presente, muitas vezes mais e, no mundo por vir, a vida eterna”.

Quando o Senhor nos chama para sermos Seus discípulos e nos envia a fazer Sua obra, não quer dizer que Ele não se preocupe mais com as nossas necessidades básicas, pelo contrário, Ele vai honrar aqueles que tiveram coragem de responder ao Seu chamado e deixar tudo por Sua causa. Mesmo que você não seja um líder, o Senhor o chama para semear na Sua lavoura, pois os que semeiam nela, seja da maneira que for, colherão multiplicado o que semearam. Entretanto, a nossa visão não pode estar apenas voltada para o tempo presente, mas principalmente para o futuro, quando receberemos o maior prêmio pela nossa semeadura e pela nossa perseverança, que é a vida eterna. Muitos ao nosso redor precisam ser tocados por Jesus para poderem receber essa bênção, e a nossa semente financeira contribui para o novo nascimento de todos eles. Somos todos filhos, portanto, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo.

• Ef 4: 14: ... “Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro”. Quando semeamos na obra de Deus devemos ter o entendimento correto do porquê estamos ofertando, assim como de todas as atitudes que praticamos como cristãos. Deus não nos chamou para seguir cartilhas de homens, mas a Sua palavra viva através do Seu Espírito que testifica com o nosso espírito se o que estamos vivendo, ouvindo e falando é real ou um engano, ou seja, mais um vento de doutrina que passa agora e depois desaparece. Jesus nos deu o Espírito de entendimento e de conhecimento da Sua palavra, portanto, se você faz as coisas mecanicamente, por uma obediência forçada e sem amor, como uma lei que é cumprida debaixo de ameaça, não faça mais. Peça a Ele que lhe dê entendimento e assim você terá muitas vitórias. Ele o (a) levará a patamares espirituais cada vez maiores e aí, sim, a oferta e o dízimo na Casa de Deus passarão a ser um ato de amor e fidelidade porque haverá compreensão real. Esses dons são recebidos diretamente do Espírito Santo, portanto, se você os quer, peça-os e lute por eles. São bênçãos divinas que jamais poderão ser desprezadas. As respostas que você precisa estão na bíblia, não na boca de homens, por isso faça um propósito com o Senhor de lê-la todos os dias e ela vai ser uma força construtiva no seu interior.

• 1 Cr 26: 20; 22b: “Dos levitas, seus irmãos, que tinham o encargo dos tesouros da Casa de Deus e dos tesouros das coisas consagradas... estavam estes a cargo dos tesouros da Casa do Senhor”. Davi separou os levitas, ajudantes dos sacerdotes que serviam no templo, para cuidarem dos tesouros da Casa do Senhor, pois as ofertas que ali chegavam eram consagradas. Assim, como reis e sacerdotes que nós somos, como diz a Palavra, nossa oferta na obra do Senhor passa a ser consagrada a Ele e nós mesmos somos os que a guardamos em lugar seguro, que é o reino de Deus. Por isso, Jesus disse para guardar os nossos tesouros no céu, pois lá não há roubo. No céu guardamos as nossas boas obras, que não só trarão recompensa para nós mesmos quando lá chegarmos, mas também ajudarão outras vidas a alcançarem a Salvação.

• Rm 8: 14-17: “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados”.

Jesus fez uma semeadura cara e muito profunda no reino espiritual pela nossa vida, para que pudéssemos receber a herança como filhos de Deus; por isso, quando semeamos na Sua obra, pensando que nós valemos muito para Ele, que o preço da nossa vida foi o Seu próprio sangue, começamos a desejar também que outros tenham o mesmo direito que nós: a vida eterna e o direito de chamar Deus de Pai. Semeie de todas as formas na Sua lavoura; você só tem a ganhar.

• Ml 4: 2-3: “Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos na estrebaria. Pisareis os perversos, porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos”.

O Sol da Justiça é Jesus, que foi profetizado muitos séculos antes do seu nascimento e que viria para salvar o Seu povo dos seus pecados e colocar toda a perversidade debaixo dos pés. Uma das perversidades de Satanás é roubar o dinheiro que pertence ao Senhor por direito, ou seja, o dízimo e as ofertas (Ml 3: 8), trazendo à nossa vida, muitas vezes, falsas necessidades que nos impedem de semear na obra de Deus e termos nosso dinheiro santificado. Como filhos de Deus e Seus herdeiros, temos direito à prosperidade como uma herança que já foi ganha para nós na cruz do Calvário, onde Jesus se despiu de toda a Sua glória e se entregou à vontade do Pai para que um dia nós pudéssemos viver a plenitude da Sua vida. Quando semeamos na obra de Deus, mesmo com sacrifício, simplesmente porque O amamos e obedecemos à Sua palavra, Ele repreende o devorador e faz nascer sobre nós o Sol da Justiça, Seu Filho, Yeshua, que nos traz salvação, perdão, proteção, saúde, prosperidade, paz e segurança. Os perversos acumulam ouro para si, os justos investem esse ouro nas vidas que Deus ama.

• Lc 9: 3-4: “E disse-lhes: Nada leveis para o caminho: nem bordão, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; nem deveis ter duas túnicas. Na casa que entrardes, ali permanecei e dali saireis”.

Quando Jesus separou Seus discípulos de dois em dois para pregarem e efetuarem curas, deu-lhes as instruções acima e que, resumem a atitude de um verdadeiro cristão para realizar a obra que Ele lhe confiou na terra, seja ela qual for: desprendimento e confiança em Deus. O cristão precisa ir aonde o Senhor mandar, ser uma pessoa desprendida e confiar totalmente Nele. Fazendo a obra, ele é digno do seu salário, como diz Jesus, e não precisa se preocupar com o que semeou; receberá multiplicado. O que semeamos na seara do Senhor será revertido em nosso próprio benefício e é Ele mesmo que se responsabiliza pelo suprimento das nossas necessidades.

• Ag 2: 4-9: “Ora, pois, sê forte, Zorobabel, diz o Senhor, e sê forte, Josué, filho de Jazadaque, sumo sacerdote, e tu, todo o povo da terra, sê forte, diz o Senhor, e trabalhai, porque eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos; segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu Espírito habita no meio de vós; não temais. Pois assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda uma vez, dentro em pouco, farei abalar o céu, a terra, o mar e a terra seca; farei abalar todas as nações, e as coisas preciosas de todas as nações virão, e encherei de glória esta casa, diz o Senhor dos Exércitos. Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos. A glória desta segunda casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos”.

Este texto bíblico que lemos diz respeito à profecia que o profeta Ageu recebeu de Deus para ser dada a Zorobabel, governador de Jerusalém (pós-exílio da Babilônia), a Josué, filho do sumo sacerdote, e a todo o povo da cidade quando viram o segundo templo ser reconstruído. Ele era bem menos opulento que o primeiro, construído séculos atrás por Salomão, mas o Senhor lhes disse que Ele era o dono do ouro e da prata e que a glória deste segundo templo seria maior do que a do primeiro, pois ali Ele daria a paz e traria as coisas preciosas das nações para adorná-lo. Isso significava a contribuição dos gentios que ajudariam a adornar o templo do Senhor, como o que aconteceu com Herodes, o Grande, que no início da era cristã (por volta de 19 AC) ergueu o terceiro templo e colocou nele o que havia de melhor (Mesmo à custa de impostos sobre Judeus e Gentios, súditos de Roma). Para nós, a segunda casa significa o nosso espírito, em comparação com a nossa carne, que simboliza o nosso primeiro templo, quando estávamos no mundo. O Senhor nos chamou para Ele, nos restaurou e, embora pareça termos menos agora do que tínhamos na nossa vida no passado, quando o mundo tudo nos oferecia de vantagens materiais, essa segunda casa que é o nosso espírito terá um resplendor muito maior porque a luz que brilha dentro dele é a do Espírito Santo. E o próprio Deus, como fez com Herodes, usará pessoas do mundo para nos ajudar e nos suprir. O que isso tem a ver com ofertar e semear na obra de Deus? Quando semeamos e ofertamos, temos a certeza de que o dinheiro que estamos dando é um veículo para que o Senhor reconstrua outros templos humanos antes destruídos pelo pecado e também lhes dê a paz, como deu a nós.

• Lc 2: 10-1: “O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”.

Este texto foi escrito em relação ao capítulo sobre a cura do cego de nascença, descrita no livro “Ensinos, curas e milagres”. O cego de nascença experimentou o novo nascimento porque viu algo que nunca tinha visto antes e se adaptou a essa nova realidade. Na nossa vida financeira acontece a mesma coisa, quando o Senhor nos mostra que há bênçãos reservadas para os que semeiam no Seu reino. Nós precisamos jogar fora o velho e se adaptar a essa nova realidade. Que você tenha a ousadia de experimentar o que é a verdadeira semeadura; vai ser uma grande descoberta. Deixe Jesus nascer na sua vida.

• Is 65: 17-19; 21-24: “Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo. E exultarei por causa de Jerusalém e me alegrarei no meu povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor... Eles edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque a longevidade do meu povo será como a da árvore, e os meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos. Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a calamidade, porque são a posteridade bendita do Senhor, e os seus filhos estarão com eles. E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei”.

Deus nos garante a Sua bênção quando respondemos ‘sim’ ao Seu chamado, pois dessa forma nos mostramos responsáveis diante Dele para assumir aquilo que Ele quer nos dar. Sua palavra diz que os covardes não herdarão o reino do céu, e sim os corajosos que decidiram pagar o preço do sangue que foi derramado na cruz e que lavaram as suas vestiduras neste sangue. Muitas vezes, semear na obra de Deus nos custa muito, em todos os sentidos, principalmente quando percebemos as nossas aparentes impossibilidades ou ficamos olhando para trás como que tentando retroceder nas nossas escolhas. Mas quem pega no arado e olha para trás não pode ser discípulo. Portanto, se o Senhor lhe deu a incumbência de sustentar financeiramente a Sua obra, não titubeie, mas assuma o seu chamado, sabendo que Aquele que fez a promessa é fiel e, se Ele lhe deu um ministério, também lhe dará as condições para assumi-lo e ter vitória. É semeando em boa terra que se colhem bons frutos. Quando Lhe obedecemos, o passado fica para trás e um novo tempo de prosperidade começa.

• Rm 12: 1-2: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Para Deus, temos que nos apresentar como um sacrifício vivo e agradável e para isso precisamos ter consciência das coisas que fazemos. Ele não quer atos religiosos e forçados, mas quer ver em nós a espontaneidade e a transformação de pensamentos e atitudes para que a cada dia possamos experimentar Sua vontade que é boa, agradável e perfeita. Quando Lhe obedecemos, vivemos essa bênção; quando saímos do Seu projeto, experimentamos o “outro lado da moeda”. Isso acontece em todas as áreas da nossa vida, a partir do momento em que escolhemos servi-lO como nosso único Deus. Também ocorre a mesma coisa na nossa vida financeira, onde começamos a ter consciência de que o dinheiro que está em nossas mãos não nos pertence, e sim a Ele. Ao ouvir a voz do Espírito Santo nos impulsionando a semear no Seu trabalho em prol de outras vidas, estaremos aceitando o desafio de alargar a nossa maneira de pensar para experimentar algo novo que ainda não vivemos: a alegria de ser um cooperador da lavoura de Deus e ver Sua obra crescer na terra, trazendo a luz da verdade para o interior de quem sempre viveu em trevas. É como ver um bebê nascer ou uma sementinha que plantamos com tanto amor, de repente, brotar, crescer, se transformar numa grande árvore e dar frutos em abundância. Em outras palavras, é sentir a realização pelo trabalho que fazemos e ver a recompensa chegar, nos consolando de que ele não é vão. Pense nisso e deixe o Espírito de Deus trabalhar no seu interior. Seja ousado e inovador, não se conforme com a maneira costumeira e mundana de pensar. Sinta-se como um desbravador de novas terras. Há recompensa pela nossa semeadura.

• Mt 26: 6-13: “Ora, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, aproximou-se dele uma mulher, trazendo um vaso de alabastro cheio de precioso bálsamo, que lhe derramou sobre a cabeça, estando ele à mesa. Vendo isto, indignaram-se os discípulos e disseram: Para que este desperdício? Pois este perfume podia ser vendido por muito dinheiro e dar-se aos pobres. Mas Jesus, sabendo disso, disse-lhes: Por que molestais esta mulher? Ela praticou boa ação para comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes; pois, derramando este perfume sobre o meu corpo, ela o fez para o meu sepultamento. Em verdade vos digo: Onde for pregado em todo o mundo este evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua”.

Nos três evangelhos (Jo 12: 1-8; Mt 26: 6-12; Mc 14: 6-8) está descrita a indignação dos discípulos com o aparente desperdício de óleo por parte da mulher, pois era de nardo puro e caríssimo. Entretanto, Maria não estava pensando em finanças, mas em adoração verdadeira. Era uma forma de ela mostrar a Jesus e a todos os presentes que ela estava Lhe dando o melhor que tinha, o mais precioso, não para comprar sua cura, e sim para honrar Aquele a quem amava e que era o Filho de Deus. O nardo se refere à planta cujo nome científico é Nardostachys jatamansi, uma planta perene da família da valeriana, mas dotada de raízes ainda mais perfumadas. É nativa do norte da Índia, onde até hoje é usada para perfumar os cabelos. Nos tempos bíblicos o nardo, além de caro, era importado em receptáculos selados de alabastro, que só eram abertos em ocasiões especiais; talvez por isso a indignação dos discípulos pelo seu uso, aparentemente, indevido. Espiritualmente significa a presença de Jesus conosco todos os dias e adoração ao Senhor. Não é possível dar algo a Deus com avareza no coração. Nossa semeadura deve ser abundante como fez Maria para que, assim como fez com ela, o Senhor possa fazer conosco: elogiar-nos pelo nosso feito e manter este ato diante do Seu trono para memória nossa. Este será o nosso galardão na eternidade, pois junto com a nossa semente veremos as vidas que ela resgatou para Ele.

• 1 Jo 3: 17-19: “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade. E nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele, tranqüilizaremos o nosso coração”. A prova maior de que estamos debaixo da aprovação de Deus é a paz que se instala no nosso coração quando tomamos a atitude correta. O amor anda de braços dados com a verdade e com a ação correta. A atitude de ofertar na Obra de Deus através de muitos ministérios que realizam obra social nos traz a paz interior, pois sabemos que estamos suprindo pessoas (ainda que desconhecidas para nós) nas suas necessidades e dando a elas a oportunidade de conhecer a salvação em Cristo Jesus.

• At 4: 19-20: “Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos”. Este texto foi escrito em relação ao capítulo sobre a cura da mulher encurvada, descrita no livro “Ensinos, curas e milagres”. A mulher encurvada (Lc 13: 10-17) não conseguia se endireitar porque os religiosos a impediam de tocar em Jesus e de ser tocada por Ele. Pedro e os apóstolos também se embateram com eles, pois, da mesma forma que com a mulher, os fariseus tentaram impedir mais uma vez o evangelho de Cristo de ser pregado como se deve. Entretanto, tanto a mulher quanto os apóstolos reagiram e deixaram que a verdade do Senhor os tocasse e adquiriram coragem para não mais se submeterem a mentiras, a religiosidades e a regras humanas. Assim, todos aqueles que nos impedem de semear na obra de Deus, seja com que desculpa for, estão nos impedindo de nos endireitarmos na nossa vida financeira, pois o dízimo e a oferta são uma bênção divina deixada para nós. Através deles, o nosso dinheiro é santificado e abre o caminho para outros filhos serem tocados pelo Seu poder. Rebele-se contra a mentira e a avareza e semeie no reino de Deus. Ele mesmo vai lhe mostrar o que isso significa.

• Cl 1: 13-14: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados”.

Como fez com o leproso que Ele curou, Jesus nos libertou das trevas e nos ‘comprou de volta por um preço’ (o significado de ‘remir’). Agora, limpos do pecado (da lepra), podemos viver no Seu reino, onde o amor prevalece. Seu amor nos protege e nos cura, também nos livra dos laços armados pelo diabo ainda tentando nos reaver, apesar de saber que já nos perdeu. Por isso, ele procura tocar em áreas da nossa vida onde a nossa força não é plena, onde a nossa cura ainda não foi totalizada e onde ele sabe que vai ser importante para cooperarmos com o projeto do Pai. A nossa vida financeira é uma dessas áreas onde o diabo não se conforma de ter nos perdido, pois sabe que quando o nosso dinheiro está santificado ao Senhor, muitos poderão ser abençoados através dele e o Espírito Santo pode levá-lo aonde nós nem imaginamos, por causa de uma única vida que Ele quer resgatar. Se você já é salvo em Jesus, pense que foi por uma semente de alguém que você conseguiu encontrar a salvação. Envie hoje a sua semente para quem ainda não alcançou a vida eterna.

• 1 Co 2: 9-16: “... mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo”.

Quem nasce de novo tem a revelação do reino de Deus, coisa que o homem natural não pode entender. Na área financeira é igual. Enquanto o Espírito de Deus não nos revelar a importância de semearmos na Sua obra por amor, não conseguiremos ofertar nem dizimar com alegria; só vamos cumprir um ritual morto e sem sentido. Por isso, se você quer se comportar como nova criatura, em primeiro lugar enterre a avareza e a rebeldia do “velho homem” e deixe que o Espírito Santo venha enchendo seu espírito com o conhecimento, com o entendimento e com a sabedoria de Deus. Abra hoje o seu coração, porque Ele quer lhe revelar um grande segredo.

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